A
primeira coisa a se fazer é entender o significado de cada palavra:
* Evangelho
* Graça
* Reino
Evangelho significa boas novas.
Graça significa aquilo que não é por merecimento, que é
dado gratuitamente.
Reino significa governo.
Logo,
temos as Boas Novas da Graça, e as Boas Novas do Reino.
Está
claro que GRAÇA e REINO não se equivalem, pois tem significados bem distintos.
Logo, não
pode ser a mesma coisa. Querer ignorar isso, e dizer que é tudo a mesma coisa,
é não querer levar a palavra de Deus a sério, posto que Deus não brinca com as
palavras, não faz jogo com elas, ora usando uma, ora usando outra apenas para
variar. Nada na Bíblia é por acaso, tudo foi cuidadosamente escrito mediante
inspiração do Espírito Santo, e no caso dessas duas palavras não vai ser
diferente.
E antes
que eu aprofunde na diferença dos dois evangelhos, é preciso dizer que Jesus
enquanto aqui esteve pregou o Evangelho do Reino.
Mesmo
porque, como Jesus poderia pregar sobre o Evangelho da Graça, se Ele ainda não
tinha completado o plano da salvação na cruz?
É preciso
deixar claro que a graça começa na cruz, pois foi ali que Ele pagou a nossa
dívida, e uma vez que foi pago a dívida, então somente a partir dali é que
podemos usufruir do benefício por tal pagamento. A morte e ressurreição eram
necessárias para isso, pois do contrário, Ele não precisaria morrer e
ressuscitar; bastaria vir, pregar a salvação, deixar um modelo a seguir e
voltar para o céu arrebatado vivo. Mas sabemos que não foi assim, pois o
divisor de águas foi a Sua morte e ressurreição. Portanto enxergar isso é
fundamental para entender o plano da salvação: a graça começa a partir da cruz
e não antes.
E não é
difícil de perceber que boa parte do seu ministério Jesus falou sobre o Reino,
pois em todas as parábolas Ele começava dizendo: O Reino dos Céus é
semelhante... Infelizmente ainda há muita gente que presta atenção na palavra
Céus e se esquece da palavra Reino. Reino dos Céus nada mais é que o Céu
governando a Terra.
Na
verdade o Reino dos Céus se divide em 2 etapas: a atual, onde ele não
veio com visível aparência (Lucas 17: 20), onde o salvo o vive em seu coração,
em seu interior; e a futura quando Jesus reinará com os vencedores por mil
anos, onde será um reino exteriorizado em toda a terra.
Já o
Evangelho da Graça foi pregado por Paulo.
Porém não tenho a minha vida como coisa preciosa a
mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do
Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da graça de
Deus. Atos 20:24
Por esta razão eu Paulo, o prisioneiro de Cristo
Jesus por amor de vós gentios; se é que ouvistes a dispensação da graça de
Deus, que me foi dada para convosco; segundo me foi pela revelação
manifestado o mistério, como antes vos escrevi em poucas palavras. Efésios
3:1-3
Vamos à
diferença prática entre os dois evangelhos:
O
Evangelho da Graça é direcionado a toda a humanidade, pois são as boas novas
que de agora em diante a salvação para se obter a vida eterna é de graça, daí
evangelho da GRAÇA. E para ser salvo, basta apenas crer no Filho de Deus.
O
Evangelho do Reino é direcionado para todo salvo, pois são as boas novas do
reino que está por vir. Daí a frase, que é muito mal interpretada por sinal,
que diz, muitos serão chamados (pelo evangelho da graça para ser salvo), e
poucos são os escolhidos (pelo evangelho do reino para reinar).
Deus não
quer que sejamos salvos e paremos no tempo. Deus não quer que saiamos do Egito (mundo),
atravessemos o mar vermelho (batismo), e que fiquemos dando volta no deserto (vida
cristã na terra). Não! Ele quer que prossigamos. Ele quer que prossigamos rumo
a terra prometida (reinos dos céus = reino milenar). Mas há um exemplo nisso
que deve ser observado com bastante atenção. Milhares, ou quem sabe milhões, de
pessoas saíram do Egito, mas somente 2 entraram na terra prometida. Isso é
muito sério. O próprio Moisés que liderou todo aquele evento, não entrou por
não ter obedecido a Deus em determinado episódio.
Fato é
que o Evangelho da Graça é um convite para que o homem faça parte da família de
Deus. Quem aceitar esse convite terá vida eterna, e lugar certo na Eternidade.
E fato é
que o Evangelho do Reino é um convite somente para quem já é salvo para que
faça parte do Reino Milenar. Quem aceitar esse convite, e fizer por onde, terá
o privilégio de reinar com Cristo por mil anos.
Mas há um
detalhe: A vida eterna é de Graça, mas o Reino é tomado pelo esforço.
A lei e os profetas duraram até
João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega
força para entrar nele. Lucas 16:16
Confirmando os ânimos dos
discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas
tribulações nos importa entrar no reino de Deus. Atos 14:22
Prova clara do justo juízo de
Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual
também padeceis; 2 Tessalonicenses 1:5
E como
disse anteriormente, Jesus, enquanto esteve aqui fisicamente, pregou apenas o
Evangelho do Reino.
Será pregado este Evangelho do reino por
todo o mundo em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Mateus
24:14
Se lermos
o capítulo 24 de Mateus desde o começo veremos que Jesus está respondendo
aos apóstolos, sobre o fim do mundo e a volta dEle, e sabemos que na volta dEle
será implantado um reino de mil anos. Daí Ele dizer ESTE evangelho do reino, ou
seja, é algo específico. E para praticar esse evangelho é necessário
perseverança.
Portanto
está claro que Vida Eterna é de Graça e o Reino é pelo esforço, logo, um
evangelho não pode ser igual ao outro.
Contudo,
temos de dizer que ainda que haja diferença nos 2 evangelhos, o autor de ambos
é o Próprio Jesus. Afinal Ele é o verdadeiro escritor da Bíblia, ou não
foi Ele quem inspirou os homens a escrever de Gênesis a Apocalipse?
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Tudo
foi feito por ele; e nada do que tem sido feito, foi feito sem ele. João
1:1-3
Obs.: O
objetivo desse texto foi esclarecer a diferença entre o Evangelho da Graça e o
Evangelho do Reino, mas sabemos que há um terceiro Evangelho. O Evangelho
Eterno (Apocalipse 14: 6). Mas isso será assunto para outra hora.
Retirado de:
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