As 7 festas proféticas do Deus de Israel

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A palavra festa ou estações no original hebraico é escirta como “mow’ed” que significa “tempo determinado”. 2 Cr. 08:13.

A primeira festa é a FESTA DA PÁSCOA/ÁZIMOS em hebraico “Pêssach/Matzot” celebrada no dia 14 do primeiro mês (Calendário Lunar) com duração de sete dias. Ex. 23:05; Ex. 23:15. Esta festa aponta para Cristo, o cordeiro pascal, para o livramento do povo do Egito e para a igreja, sem fermento. Ex. 12 e I Co. 05:07-08. A festa dos ázimos ou asmos era celebrada dentro da festa da páscoa e durava do dia 15 ao dia 21. (Ez. 45:21).

Após os asmos, o Sábado seguinte começa a segunda festa, a FESTA DAS PRIMÍCIAS em hebraico “Bikurin” era realizada no Domingo (Lv. 23:11). No primeiro dia desta festa o povo era aceito por Deus e nesse dia festeja-se o início da colheita e é também o primeiro dia das sete semanas em que se conta o ômer até o quadragésimo nono dia, após o qual se celebra a festa de Shavuot ou Tabernáculos ou Semanas, no quinquagésimo dia. Portanto, Tinha a duração de 7 semanas de 7 dias. Lv. 23:15-17. A oferta das primícias dada por Deus foi o próprio Jesus, isto é afirmado em I Co. 15:20-23.
Contagem do Ômer ou Sefirat Ômer é o nome dado a contagem dos 49 dias ou sete semanas entre Pêssach e Shavuot.
Embora a palavra hebraica para casamento seja חֲתֻנָּה, Chatunah, apesar disso é comum também se usar o termo בִּכּוּרִים, Bikurim, primícias para fazer referência ao mesmo. O encontro de Ruth, uma moabita convertida ao judaísmo com o judeu Boaz ocorreu na época das colheitas, encontro esse que teve como consequência o casamanto de ambos.
Dentro da festa das primpicias que durava 49 dias, no dia 50 se comemorava a FESTA DOS PENTENCOSTES em hebraico “Shavuot”, onde era necessário levar 2 pães até o sacerdote. Estes dois pães representam as duas casas de Israel. (Lv. 23:15-17). Pão asmo, Matzá no hebraico é o pão sem fermento. E levedados, significa com fermento, Chametz no hebraico.

Nota:
a) חַלֹּת, chalot é o plural de חִלָּה, chalá.
b) מַצּוֹת, matzot é o plural de מַצָּה, matzá.


Enquanto os asmos (matzot) de Pêssach falam do corpo do Messias que não tem pecado; levedados (chalot) de Shavuot e de Shabat falam da kehilá (congregação) de Yeshua remida e composta de judeus e gentios (dois pães), na qual ainda habita o germe do pecado, porém sem o domínio que tinha sobre seu corpo. “O pecado não terá domínio sobre vós”. Rm. 06:12-14.
As chalot, pães com fermento usados no Shabat e em Shavuot marcam a diferença dessas festas para festa de Pêssach, no que diz respeito aos pães. Pois na celebração do Pêssach as matzot, pães sem fermento, fazem contraste com as chalot, pães fermentados de Shabat e de Shavuot. E eis aqui um grande mistério, porque o fermento simboliza o pecado. (Ex. 29:01-02). Os pães do matzot eram fermentados e ungidos e feitos da farinha das primícias.
De acordo com a tradição rabínica, os Dez Mandamentos foram dados neste dia ao Povo de Israel reunido na base do Monte Sinai. Durante esta festa, a porção da Torá que contém os Dez Mandamentos é lida na sinagoga, assim como o Livro de Rute.
Em tabernáculos o Senhor ungiu as duas testemunhas para testemunhar. Ora quais são as duas testemunhas? São as duas casas de Israel. (At. 01:08; Os. 01:11) (Jezreel = Deus semeia).
Em Apocalipse 14 versos 1 a 5 a Palavra diz sobre os 144 mil remanescentes que são chamados de primícias. Estes são a plenitude do povo de Deus, os membros das duas casas de Israel, as duas testemunhas, que serão ceifados na última trombeta,  os membros das 12 tribos (Ap. 07:04)
144 côvados é o tamanho da muralha da nova Jerusalém (Ap. 21:17). Deus antes de descansar trabalhou 144 horas, ou seja, 6 dias de 24 horas cada. A descendência de Abrrão passou 400 anos no Egito dando um total de 400 X 360 = 144 mil dias (Gn. 15:13, At. 07:06), ou seja, após a escravidão virá a redenção.

Após a unção das duas testemunhas (lê-se duas casas de Israel) é então celebrada a FESTA DAS TROMBETAS que em hebraico significa “shopharot”. Que começa no dia de pentecostes e acaba na última trombeta (Lv. 23:24). Ou seja, é neste tempo que estamos na atualidade. Abordaremos isso mais tarde devido a riqueza de detalhes.
Para Israel essa festa é retrospectiva e lembra a fusão do povo de Israel com Adonay ao som de trombeta no Monte Sinai. Mas nessa festa em nossos dias Israel comemora também o Rosh Ha Shanah, o Ano Novo Judaico. Para a Kehilá de Yeshua, essa festa se cumprirá num dia muito importante, pois será nesse dia, a ressurreição dos redimidos que dormem no Senhor e também o arrebatamento da mesma. (I Co. 15:51-52).
Após as trombetas virá a FESTA DA EXPIAÇÃO ou dia do perdão chamada pelos judeus de Yom Kipur.(Lv. 23:27-28). O sumo sacerdote vestia-se de roupas simples, humildes para a expiação (Lv. 16:04; 32), e logo após despia-se das suas vestes humildes e se revestia de suas vestes gloriosas. Lv. 16:23-24. Essa festa se cumprirá no futuro em Israel, quando o Sumo Sacerdote Yeshua, sair do seu Mishkan (Tabernáculo) no céu, vestido das suas vestes gloriosas (Mt. 24:30; Zc. 12:10-13; Hb. 9:28). Em Salmos 110, o salmista revela este dia futuro apontando para Cristo fato este citado também em Daniel 07:13-14.
O último ponto do dia da expiação era quando o sacerdote pegava o bode e o soltava no deserto. Isto é um link com Ismael e Edom. Em Daniel 08 há uma referência ao assunto.
O Livro de Hebreus é um reflexo do dia da expiação.

Após a expiação sem tem então a FESTA DAS CABANAS ou TABERNÁCULOS denominado em hebraico como “Sucot”. (Lv. 23:34; 39; 42-44). É um dos três festivais de peregrinação mencionados na Bíblia. A palavra sucot é o plural da palavra hebraica sucá, que significa cabana. Os Judeus são ordenados a residir em cabanas durante o período da festa, o que geralmente significa comer as refeições - mas alguns dormem também - na sucá. Existem regras específicas para construir uma sucá. O sétimo dia do festival é chamado Hoshaná Rabá.
Para Israel e todas as nações no futuro, no reinado de Yeshua sobre a Terra, o qual durará aproximadamente mil anos. E logo após haverá o juízo final. (Ap. 20:01-03; Zc. 14:16-17; Ap. 20:07-15). Essa festa será na Nova Jerusalém, a cidade palaciana. (Ap. 21:02-03). Na verdade todas as nações andarão sob a luz do Tabernáculo de Deus e levarão para a Santa Cidade toda sua honra e glória. (Ap. 21:24-26).
                A festa dos tabernáculos só poderá ser realizada sete dias após a colheita (Dt. 16:12-15). E Cristo com uma foice irá colher (Ap. 14:14-20). Os trigos e as uvas foram colhidas. Aqui também são as duas casas de Israel. Portanto, antes da festa das cabanas é necessário uma colheita.
                Em levítico 23:39-40 o Senhor ordenava ao povo que celebrassem a festa com os frutos de árvores frondosas, ramos de palmeiras e outras folhas, o interessante é que em Apocalipse 07:09 eis que a grande multidão está com palmas nas mãos (Aqui em hebraico é Palmeiras). Deus deixou uma chave bíblica para lincarmos Levítico à Apocalipse e com a festa das cabanas. E quem está com as palmeiras nas mãos? Apocalipse 07:13-15. Ou seja, foram expiados, lavaram suas vestes, foram colhidas e agora entrarão na festa dos tabernáculos.
Sem passar pela páscoa não haverá primícias. Sem as primícias não haverá expiação e sem expiação não há tabernáculos. O ciclo é fechado e totalmente coerente com a revelação dada em Apocalipse.
O ciclo das festas durava 6 anos e no sétimo ano descansavam. Após realizado o ciclo por sete vezes (7x7=49) o ano 50 era o ano do Jubileu. Que no caso, será o ano da festa dos tabernáculos e o toque da última trombeta.
Em Daniel há a alusão as 70 semanas. Esta ligação é, principalmente, para ligar com a festa das semanas que durava 49 dias. A profecia das 70 semanas veio ao final dos 70 anos de cativeiro do povo. Nos tempos atuais estamos na 69º semana de Daniel e a última semana só irá se cumprir na segunda vinda de Jesus. Este assunto abordaremos em outro momento.


Segue abaixo um descritivo do ciclo das festas:



Texto escrito por: Wagner Bortoletto

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