Em Daniel 02:24-45
Deus mostra para o rei Nabucodonosor uma grande estátua e o profeta Daniel a
interpreta logo a seguir. As partes da estátua são 4 reinos que iriam dominar
uns sobre os outros. Quando Daniel explica o sonho em determinado momento ele
explica as pernas de ferro e logo depois os pés de barro e ferro. Esta é uma
alusão clara de que os pés seriam continuação das pernas e a palavra em
português “mistura ou misturado” aparece várias vezes neste texto. Na versão
inglesa King James de 1769 (KJV) a palavra é “mixture ou mixed”. O interessante
é que no hebraico essa palavra significa “mistura, misto, tarde ou “`arab”.
Alguns traduzem diretamente para “Arábia”.
A palavra
“tarde” é uma espécie de mistura, pois não é exatamente dia e nem exatamente noite,
por isso em alguns textos esta mesma palavra é traduzida como “tarde”.
Os 10 dedos
da estátua estão diretamente ligados com os 10 chifres da besta do quarto
animal. Em Ap. 17:09-13 a palavra nos informa que os 10 chifres são 10 reinos,
logo, os 10 dedos também são 10 reinos. A autoridade desses reinos está ligada
com Ap. 13:01 onde é mostrado que a besta dos dez chifres possui 10 diademas.
É
interessante notar que a besta citada nos livros de Daniel e Apocalipse sempre
aparece como:
- A besta que era, não é e aparecerá;
- A besta que era, não é e virá do abismo;
- A besta que era, não é e será o oitavo rei.
Os dez
dedos, portanto, são os dez chifres com dez diademas e são uma mistura de
povos.
Em Daniel
09 vemos mais uma coisa interessante, quando o profeta começa a orar por
Jerusalém na hora do sacrifício da tarde. O profeta havia lido em Jeremias que
a desolação de Jerusalém iria durar 70 anos. E partir daí no verso 11 o profeta
diz sobre uma maldição que iria atingir Israel. Neste contexto, a palavra “maldição”
em português significa “curse” na versão King James (KJV) e “´alah” em hebraico
e pode significar “juramento, blasfêmia”.
A serpente
de Gn. 03:13-14 é o dragão vermelho de dez chifres de Ap. 12. Em Ap. 12:09 a
Palavra diz que o dragão é a antiga serpente. Portanto, esta é maldita! Na
ocasião a palavra “maldita” é explanada como “cursed” na versão KJV. E signica
“´arar” em hebraico que é traduzido como “feroz, amargo, praga, flagelo,
anátema”
Calma, o
leitor precisa ligar pontos importantes. Estamos descortinando princípios
fundamentais para a explanação das 70 semanas narradas em Dn. 09:24-27. Veja,
em Daniel 02 a Palavra nos cita “arábia, mistura”. Em Daniel 07 os “povos,
mistura, 10 chifres” e em Daniel 09 a “maldição, alah”. Essas revelações serão
muito importantes nos demais estudos que virão.
Por
enquanto, vamos a explicação da estátua de Daniel 02:
Ouro - Cabeça de Ouro (Dn. 02:32) =
Império Babilônico (Babilônia);
Prata - Peito e 2 Braços de Prata (Dn. 02:32)
= Império Medo-Persa (Pérsia);
Bronze - Quadris e Coxas de
Cobre/Bronze (Dn. 02:33) = Império Macedônico (Grécia);
Ferro – 2 Pernas de Ferro (Dn. 02:33)
= Império Romano (Ocidental e Oriental);
As 2 Pernas representam Império Romano
em suas 2 faces:
O Império Romano Ocidental: com sede em
Roma, teve sua queda em 476 d.C.
O Império Romano Oriental: com sede em
Constantinopla, o qual continuou a existir por quase mil anos, até 1453, quando
ocorreu a Queda de Constantinopla. De onde surge o Império Otomano, com o cerne
na atual Turquia (Ap. 02:12,13), tendo como capital a cidade de Constantinopla,
tomada ao Império Bizantino em 29 de maio de 1453. A partir de 1517, o sultão Otomano
era também o Califa do Islã, e o Império Otomano era entre 1517 e 1922 (ou
1924) o sinônimo de Califado, o Estado Islâmico.
A parte Ocidental (Roma) absorveu
“Igreja-Estado” o Cristianismo (Catolicismo). A parte Oriental (Oriente Médio) absorveu o Islamismo (Muçulmanos).
Interessante?! Tendo em vista as traduções da palavra “maldição” explanadas
anteriormente.
Porque não
se pode ignorar isso? Porque as 2 pernas tentam andar juntas no final (pés) mas
não conseguem!
Ferro e Barro - Pés e 10 dedos em
partes de Ferro e Barro (Dn. 02:33) é o Governo do Anticristo com 10 reis,
esses 10 reis farão alianças, porém não conseguirão encontrar equilíbrio se
tornando um reino dividido, mediante tal situação entregarão a autoridade ao
anticristo (Ap. 17:12-13)
A Pedra cortada sem auxílio de mãos (Dn.
02:34,45) é Cristo! A Pedra destrói a estátua. Na vinda de Jesus, o Anticristo
e o Falso Profeta são lançados no lago de fogo. A Pedra transforma-se num
grande monte que enche a terra (Dn. 02:35) isto é: O Reino Eterno de Cristo.
Quando Deus
deu a Nabucodonosor a visão da Grande Estátua (que representava os Reinos do
mundo até o Fim da História), ficou claro para ele que ele era apenas a cabeça
de ouro (Dn. 02:37,38), mas que seria passageiro, apesar de todo reinado,
poder, força e glória.
Sendo
assim, ciente de que o ouro estava ligado ao seu reino, ele desafia a Deus
fazendo uma estátua totalmente de ouro. Querendo dizer com isso que seu reino era
eterno! Uma figura da “imagem da besta” (Ap. 13:14,15) foi simbolizada nessa
estátua de Nabucodonosor totalmente de ouro e ele mesmo decretando a sentença
da pena de morte aos que não se prostrassem e adorassem à sua imagem (Dn. 03:11).
Mais
adiante na próxima visão (Dn. 07:02-08) o mar é frequentemente usado em visões
bíblicas como símbolo de “nações” em tribulação (Is.17:12-13); “quatro ventos”
do céu são usados para indicar os quatro pontos cardeais – norte, sul, leste e
oeste – e simbolizam toda a terra. Cada um dos “quatro animais, grandes”
representam um reino, correspondente aos reinos relacionados à imagem de
Nabucodonosor. Daniel viu, então, uma enorme sala do trono, onde o Deus da
história dispensaria seu juízo contra os animais grandes e seus reinos seriam
entregues a “um como o Filho do Homem”.
O Leão com asas de Águia (Dn. 07:04)
representava o Império Babilônico e Nabucodonosor. Jeremias também utilizou a
alegoria do Leão e da Águia (Jr. 49:19-22).
O Urso (Dn. 07:05), “o qual se levantou
sobre um dos seus lados” (Ciro, o Persa, foi mais foi maior que Dario, o Medo)
tendo na boca “três costelas” entre seus dentes, representa o Império Medo-Persa
como a nação mais forte. As costelas possivelmente significam as principais
nações por ela conquistadas: Lídia (546 a. C)., Babilônia (539 a. C.) e Egito
(525 a. C.)
O Leopardo (Dn. 07:06), com quatro asas
e quatro cabeças, representa o Império Macedônico - Grécia). O reinado grego
sob Alexandre, o grande, que varreu o mundo conhecido até então com velocidade
e poder espantosos (como que com “asas”). Os historiadores registraram que
Alexandre chorou por não existirem mais mundos para serem conquistados. Depois
de sua morte, o grande império de Alexandre foi dividido entre quatro de seus
generais (quatro cabeças):
- General Cassandro: Macedônia e a Grécia;
- General Seleuco: Babilônia, Síria e parte do Oriente Médio;
- General Lisímaco: Trácia e parte da Ásia Menor;
- General Ptolomeu: Egito, Líbia e parte da Arábia.
O quarto animal (Dn. 07:07), embora não
tenha um nome em sua descrição, era “terrível, espantoso e sobremodo forte”,
com dentes de ferro, o mesmo metal que representava o Império Romano na estátua
do sonho de Nabucodonosor (Dn. 02:40). Como aquela estátua tinha dez dedos nos pés,
esse animal tinha dez chifres, representando uma força imensa e descomunal
(Ap.13:01-02).
O chifre pequeno e os 10 chifres sobre
o 4º animal representa o governo do Anticristo com 10 reis.
Portanto,
para entender Daniel 02 é necessário compreender Daniel 07 e ver que há
ligações entre as duas visões.
Quando
estava findando os 70 anos do cativeiro de Israel, Daniel recebeu a revelação
das 70 semanas que, posteriormente, veremos ser 490 anos. Isso foi devido aos
70 anos em que o povo não comemorou as festas nem o ano do Jubileu. Sendo
assim, Deus “cobrou” de Israel cada ano em que o povo não realizou o ciclo das
festas. Ou seja, 70 anos x 7 ciclos = 490 anos de transgressão.
Quando
Daniel estava orando pelo povo as mesmas sete maravilhas são citadas pelo
profeta, logo, mais adiante o anjo sinaliza a Daniel que Deus iria realizar
todas essas maravilhas ao final de 70 semanas.
Em Daniel
08 a visão mostra o carneiro e o bode e o anjo Gabriel fala a Daniel que estes
animais representam os impérios Medo-Persa e Grécia (Javã) e que do império
grego sairia outros 4 reinos. E além disso o anjo lhe diz que estas coisas são
para os tempos do fim, tempos mui distantes.
O carneiro
(média-pérsia) (Dn 08.03-04) representa o Império Medo-Persa (Dn. 08:20),
onde o chifre maior simboliza a supremacia da Pérsia. Dez anos após essa visão,
Ciro havia de fato se expandido para “o ocidente, e para o norte e para o sul”.
Em Dn. 07:05 o profeta refere-se a este mesmo império através do Urso.
A imagem
do Bode Peludo (Grécia ou Javã) de Dn. 08:05-08 representa os poderes
políticos pagãos e faz referencia à Esaú. Nessa visão, o Bode representa o
Império Grego (Dn. 08:21) com Alexandre, o grande, como principal governante.
Esse império foi, em seguida, dividido em quatro reinos após uma longa luta
pelo poder entre quatro dos generais de Alexandre (Dn. 08.22), nenhum tão
poderoso quanto ele.
Ora, Daniel
não entendeu toda a visão e logo no capítulo 09, verso 21 a seguir, o anjo vem
e lhe explica mais esta visão e começa discorrer sobre as 70 semanas.
“Setenta semanas estão decretadas sobre o teu povo, e
sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos
pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão
e a profecia, e para ungir o santíssimo”. Daniel 09:24.
Em Daniel
09 sete coisas vão estar sendo reveladas pelo anjo Gabriel:
- A visão das 2300 tardes e manhãs a partir das 70 semanas;
- Em que parte das 70 semanas o chifre pequeno irá se levantar e o santuário assolado;
- Significado da oferta de manjares ou oblação;
- Unificar as visões de Dn. 02, Dn. 07 e Dn. 08;
- Dentro das 70 semanas onde está a morte de Cristo, a páscoa;
- Dentro das 70 semanas onde está a ressureição, as primícias;
- Final das 70 semanas a vinda de Cristo, o tabernáculos.
Note que o
anjo aponta os quatro primeiros itens nas visões de Daniel, em especial a do
capítulo 08. Os três últimos itens são direcionados para as festas do Senhor.
No final
das 70 semanas sete maravilhas devem estar confirmadas de acordo com Dn.
09:23-24, são elas:
- Cessar a transgressão;
- Dar fim ao pecado; Alusão à Festa da Páscoa.
- Expiar a iniquidade; Alusão à Festa da Expiação.
- Trazer justiça eterna; Alusão à Festa das Primícias e Tabernáculos,
- Selar a visão;
- Selar a profecia;
- Ungir o santíssimo.
Ora, as
sete maravilhas só poderão ocorrer em sua plenitude quando o ancião de dias
vier e trazer a justiça eterna. (Sl. 119:142). E justiça eterna só poderá vir
com um reino eterno (Sl. 145:13; Dn. 07:27). A Palavra é bem clara em Daniel 07
que o ancião de dias só virá após tempo, tempos e metade de um tempo. E quais
tempos serão esses? É a metade da última semana.
Então,
afinal, quando começa a contagem das
70 semanas?
“Sabe e entende: desde a saída da ordem
para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete
semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará,
mas em tempos angustiosos” Dn. 09:25.
Ora, o período entre o
decreto que autorizou a reconstrução de Jerusalém e a vinda do Messias (“o
Ungido”) seria de 69 semanas (7+62) ou 483 anos. Estas “sete semanas”
provavelmente se refiram ao período da restauração completa de Jerusalém
narrada em Esdras e Neemias e fazem figura para a festa das primícias que se
realizavam em 7 semanas dando um total de 49 dias.
Neste interím, há um
intervalo entre a semana 69 e a semana 70. Este intervalo é conhecido como o
tempo dos gentios. (Lc. 21:24; Rm. 11:25). Ao final da última semana na festa
dos tabernáculos a Justiça, Paz e Alegria Eterna se concretizarão com a vinda
do Ancião de Dias, o Sumo-Sacerdote (Ap. 01).
Quando der início a semana
70, o chifre pequeno, ou a besta dos últimos dias (referindo aqui como o que
coloca um “sacrilégio terrível”, sendo o antítipo do romano Tito)
estabelecerá”aliança de sete anos com os judeus, mas a violará no meio desse
período. O “sacrilegio terrível” se refere ao altar do deus pagão Zeus Olímpio,
levantado em 168 a. C. por Antíoco Epifânio, prefigurando uma abominação
semelhante que, segundo a predição de Jesus, ainda se levantará (Mt. 24:15; Lc.
21:20).
O início da contagem das 70 semanas se dá em Esdras 07:11 em diante, onde o
rei Artaxerxes I promulga um decreto ao sacerdote e escriba Esdras para ir a
Jerusalém e Judá e recomeçar a reconstrução da cidade fato que ocorreu em
457/458 a. C. pelo calendário solar. Nesse caso, os 483 anos terminaram em 27
d.C. o ano em que Jesus começou seu ministério. Outros atribuem o início da contagem pelo
comissionamento de Neemias pelo mesmo rei em 445 a. C. pelo calendário lunar
(Ne. 01:01, 11 e Ne. 02:01-08). Logo, Jesus é morto no final da semana 69.
Depois das
"sete semanas" e mais "sessenta e duas semanas", um total
de sessenta e nove semanas (483 anos), duas coisas aconteceriam. O Messias
seria "tirado", ou crucificado (Is. 53:08). O "povo do príncipe,
que há de vir", destruiria Jerusalém e o Templo. O "povo"
refere-se ao exército romano, que destruiu Jerusalém em 70 d.C. (Lc. 21:20), O
"príncipe" refere-se ao Anticristo no fim dos tempos.
O
estabelecimento do concerto entre "o príncipe, que há de vir" e
Israel marca o início da septuagésima semana, os últimos sete anos da presente era.
Aqui a Bíblia ensina o seguinte:
1. O
príncipe que fará o concerto com Israel é o anticristo, mas ainda camuflado
naquela ocasião (2Ts. 02:03-10; 1Jo. 02:18). O anticristo certamente negociará
um tratado de paz enter Israel e seus inimigos no tocante à disputa territorial
(Dn. 11:39).
2. Na
metade dos sete anos (após três anos e meio), o príncipe romperá seu concerto
com Israel, declarar-se-á Deus, apoderar-se-á do Templo em Jerusalém, proibirá
a adoração ao Senhor (2Ts. 02:04) e assolará a Palestina. Reinará por três anos
e meio (Ap. 11:01-02; 13:04-06).
3. A
importância profética da "abominação" da desolação será conhecida
somente pelos santos de Deus (Dn. 12:10-11). Jesus disse que os crentes devem
estar atentos a esse sinal determinante, pois assinalará o começo da contagem
regressiva de três anos e meio até à sua vinda em glória (Mt. 24:15). Os
crentes do período da tribulação, por sua atenção a esse sinal, poderão
perceber quão próxima estará a vinda de Cristo (Mt. 24:33). A vinda do Messias
(2Ts. 02:08; Ap. 19:11-20) ocorrerá no fim dos sete anos (o segundo período de
três anos e meio). O Apocalipse confirma esta cronologia ao declarar duas vezes
que o Anticristo ("a Besta") terá poder somente durante quarenta e
dois meses (Ap. 11:01-02; 13:04-06). Daniel declara mais tarde, outra vez, que
haverá um período de três anos e meio ("um tempo... tempos, e metade de um
tempo") entre o começo da Grande Tribulação e o seu fim (Dn. 12:07).
4. Nos
três anos e meio destinados ao anticristo, Jerusalém continuará a ser pisada
pelos gentios (Ap. 11:02)
5. A
"abominação desoladora" é o sinal inconfundível de que a Grande
Tribulação já começou (Dn. 12:11; Mt. 24:15-21; Dt. 04:30,31; Jr. 30:05-07; Zc.
13:08-09).
6. A
tribulação e o domínio do anticristo terminarão quando Cristo vier com poder e
glória para julgar os ímpios (Mt. 25:31-46), para destruir o anticristo e para
começar seu reino milenar (Jr. 23:05-06; Mt. 24:27,30).
Em Daniel
08:13-14 o profeta pergunta quanto tempo duraria a transgressão assoladora e a
visão e o anjo responde: 2300 tardes e manhãs. O que são essas tardes e manhãs?
Essa é a relação dos sacrifícios contínuos que seriam oferecidos tarde e manhã
pelos Levitas. São as ofertas dos manjares ou oblação. (Ex. 29:38-42). As 2300
tardes e manhãs provavelmente se referem ao número de sacrifícios
consecutivamente oferecidos em 1150 dias, o intervalo entre a profanação do
altar e sua reconsagração por Cristo. Serão 2300/2 = 1150/360 = 3,19 anos. Ou
seja, 3 anos e meio, praticamente.
Ora, isto
istá mais do que conectado com Daniel 09:27 onde a Palavra diz:
“E ele firmará aliança com
muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a
oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à
consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador”
Ou seja, está ligada a última semana das 70. Após a desolação do
santuário se é necessário sua purificação. Desta vez, Jesus virá para purificar
o santuário profanado. E para purificação se é necessário um carneiro e um
bode.
Voltando um
pouco na visão do capítulo 08 de Daniel, o profeta não havia entendido direito
a visão. Fato que fez com que Deus enviasse o anjo Gabriel pessoalmente para
explicar a visão através das 70 semanas (Dn. 09). Entretanto, Daniel ainda não
havia entendido completamente a visão e em Daniel 10, o anjo vem novamente,
pessoalmente, para explicar a visão de Daniel, mas desta vez o anjo é barrado
pelo príncipe da Pérsia! Quem é este? É Satanás.
Ainda
explicando a visão de Dn. 08, em Daniel 11:02-04 é explicado o confronto entre
Pérsia e Grécia arremetendo para Dn. 02 e 07. O rei guerreiro é Alexandre, o
grande (356-323 a. C.). Após vencer, a Grécia seria repartida aos
quatros-ventos, fazendo alusão às quatro cabeças do Leopardo.
No verso 05
do capítulo 11 é descrito o reino do sul que é o de Ptolomeu I Sóter (323-285
a. C.) do Egito e “um dos seus príncipes” será o reino de Seleuco I Nicátor (311-280
a. C.).
Já no verso
06, a filha do rei do sul é Berenice,
filha de Ptolomeu II Filadelfo (285-246 a. C.) e o reino do norte é de Antíoco
II Teos (261-246 a. C.). O tratado era o casamento de Berenice e Antíoco. Mas a
ex-esposa de Antíoco, Laodice, conspirou para matar Berenice e Antíoco e o pai
de Berenice. Ptolomeu II morreu na mesma época, por isso ela não manteve seu
poder nem o pai o dele.
No verso 07 o
irmão de Berenice, Ptolomeu III Euergetes (246-221 a. C.) mandou executar Laodice, a venceu e lutou
contra o rei do norte Seleuco II Calínico (246-226 a. C.) e o venceu também.
No verso 10,
seus filhos Seleuco III Cerauno (226-223 a. C.) e Antíoco III (o grande)
(223-187 a. C.) (rei do sul) vão até o sul da palestina e guerreiam contra
Ptolomeu IV Filopátor (203-181 a. C.) (rei do norte) em Ráfia e é derrotado por
ele com a perca de mais de 10 mil homens segundo o historiador Políbio.
No verso 14 o
rei do sul Ptolomeu V Epifânio (203-181 a. C.) era o rei do sul e obteve
vitória contra os Egípcios e Judeus.
A cidade
fortificada do verso 15 é o porto de Sidom, no mediterrâneo.
A filha dada
em casamento no verso 17 é Cleópatra I, filha de Antíoco III, destinada a
Ptolomeu V, em 194 a. C.
No verso 18
Antíoco III foi derrotado em Magnésia, região da ásia menor, pelo cônsul romano
Lúcio Cornélio Cípião em 190 a. C.
Antíoco III
morreu em 187 a. C. enquanto tentava saquear um templo na província de Elimais.
Verso 20,
“seu sucessor” era Seleuco IV Filopátor (187-175 a. C.), filho de Antíoco III.
Era cobrador de impostos e foi morto em uma conspiração por Heliodoro, ministro
das finanças de Seleuco IV.
No verso 21,
o “ser desprezível” é Antíoco IV Epifânio (175-164 a. C.). Assumiu o trono às
pressas e a força, enquanto o verdadeiro herdeiro (Demétrio II) ainda era muito
jovem.
O verso 22 o
“príncipe da aliança” pode ser Onias III assassinado em 170 a. C. ou, se o
hebraico for traduzido por “príncipe confederado”, Ptolomeu VI Filometor
(181-146 a. C.) do Egito.
Chegará ao
poder no verso 23, Antíoco IV. O rei do sul do verso 26 é Ptolomeu VI. Os dois
reis do verso 27 são Antíoco IV e Ptolomeu VI, que habitava na custódia de
Antíoco IV.
No verso 28 a
“santa aliança” se refere a Jerusalém. Em 169 a. C. Antíoco IV despojou o
templo de Jerusalém, estabeleceu ali uma guarnição e massacrou muitos judeus na
cidade. O verso 30 os navios de guerra romanos sob o comando de Popílio Lenas
fez com que Antíoco IV desistisse da batalha e se juntasse aos judeus
apóstatas.
O verso 31
diz sobre o sacrilégio terrível citado anteriormente. Os líderes piedosos do
verso 33 são os líderes do movimento judaico de resistência, também chamados de
Hasidim que cairão à espada (Hb. 11:36-38). A pequena ajuda dada no verso 34
foram os sucessos obtidos pelo levante guerrilheiro (168 a. C.) que teve origem
em Modeína, a 27 km a noroeste de Jerusalém, sob a liderança de Matatias e do
filho Judas Macabeu.
A partir do
verso 36 Daniel dá a direção para o tempo do fim e para o anticristo.
Texto escrito por: Wagner Bortoletto
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